A mulher na publicidade, na Juliana

(Graça Morais)


A mulher reinavam como suseranas, na poesia medieval. Eram vistas como um modelo ideal, como um objecto poético emudecido. Contudo, na vida quotidiana, a mulher tinha um papel insignificante. Era o homem o detentor de todo o poder. Era como se existissem dois mundos, duas esferas sociais: uma privada e uma pública. A mulher não tinha acesso à esfera pública: à política, à economia, à sociedade. Para o homem, o facto de a mulher se cingir à casa e á família era bom, pois desta forma não se rebelariam contra a sociedade. Por outro lado, actualmente, existe uma forte presença da publicidade, onde a imagem feminina é usada de forma, igualmente, idealizada. Estas imagens distorcidas visam gerar frustração nos consumidores e levá-los a adquirir produtos para que possam chegar mais perto desse ideal.Tanto na idade Média, como actualmente na publicidade, a mulher não passa de uma ficção imaginada. Mas, apesar de tudo, nos dias que correm a situação da mulher é bem diferente. Na Idade Média as mulheres eram submissas porque tinham de se sujeitar a essa situação, agora essa situação só existe quando as mulheres compactuam com ela.

Um comentário:

matheus disse...

Está errado. As cantigas de amigo demonstram o oposto da imagem da mulher medieval como "suserana". Ademais, nenhum plebeu tinha acesso à esfera pública, enquanto é evidente o papel da mulher na aristocracia medieval, quando hoje, em termos de política, economia e sociedade, parece-me que nada se mudou tanto. Aliás, é óbvio que há mais mulheres em posições de influência, mas também há mais hipóteses de influência e um dinamismo maior permeia os estratos sociais. Quanto ao que chamamos "submissão", é uma questão de valores da Modernidade do Ocidente.