Três poemas de Juliana Monteiro


Título

Há alturas em que penso mais no título que no poema.

História sem Fim

Vejo um livro em branco aberto.
Pede-me para escrever na sua primeira página.
Conto-lhe uma história.
O livro, como se tivesse medo de perder um tesouro,
aprisiona-me nele.

Manhã provisória

Acordas-me e sinto que estás feliz.
Sem te perguntar, dizes que me amas.
Prometes nunca me deixar.
Dás-me um beijo sentido.
Levo-te à porta com um sorriso.
Dizes-me até logo.

Até hoje, nunca mais te vi.

Juliana Monteiro

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