A Arte de Morrer Longe | Mário de Carvalho


"Todos os casais têm os seus problemas. Por que não vais para um hotel, por uns dias, filho?
- Eu não tenho dinheiro para um hotel, mãe.
- Vês? Tu não estudaste... Eu bem te avisei."
A Arte de Morrer Longe, Mário de Carvalho, pg. 26


"Eis uma das consequências da péssima educação que se ministra na Europa de hoje. Um metro, um palmo, quatro centímetros, é tudo a mesma coisa, como julgava aquele célebre criado do Eça, o Vitorino, a quem tanto dava um livro de Química, como uma peça de Teatro, «porque eram tudo coisas em letra redonda»."

A Arte de Morrer Longe, Mário de Carvalho, pg. 37

"Pouco conhecia do universo dos mestres-de-obras e a revelação dalgumas subtilezas, até então insuspeitadas, da língua portuguesa, tê-la-iam deixado muito insegura. «Dez da manhã»a querer dizer «meio-dia», «amanhã» a querer dizer «para a semana», «nunca mais», «com certeza» a querer dizer «não», «garanto» a querer dizer «nunca», «compromisso» a querer dizer «rábula» e «palavra de honra» a querer dizer «'tá bem abelha, eu bem te lixo».
A Arte de Morrer Longe, Mário de Carvalho, pg. 4o


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