Calma, diz o poema ao poeta
que quer fazer uma greve:
as rimas circulam na gaveta,
e o verso é de quem o escreve.
Pode esgotar-se a inspiração,
ou subir na bolsa a métrica,
que as metáforas têm mão
nesta fórmula geométrica.
É redonda a linguagem
no quadrado que elas inventam;
e nasce uma nova imagem
de cada vez que as acorrentam.
Nuno Júdice
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