Barroco

O Barroco caracteriza-se pelo exagero ornamental. Trata-se de um estilo extremamente rebuscado, que se opõe às formas clássicas e sóbrias do Renascimento. Aparentemente, o Barroco é menos profundo, mais superficial do que qualquer outro género. Valoriza-se mais a forma do que o conteúdo. 
Há duas tendências da literatura barroca: o cultismo e o concetismo. O cultismo valoriza o artifício da forma, a busca de perfeição formal. Explora a perceção sensorial através do jogo de palavras e da repetição de sons. No cultismo o aspeto exterior é visível por causa do abuso de figuras de linguagem, especialmente sintáticas como a repetição, a anáfora e o quiasmo. O concetismo valoriza o artifício do conteúdo e volta-se para o requinte expressivo e para a subtileza de ideias. A expressão concetista é mais simples que a dos cultistas, no entanto, a densidade concetual das suas obras tende a dificultar a compreensão. 
Os concetistas preocupam-se em exprimir muitas ideias e têm tendência para acumular conceitos e usar palavras com duplo e triplo significado. Assim, as figuras de estilo mais utilizadas são a antítese, os paradoxos, as comparações inesperadas, as metáforas, as imagens, as alegorias, as sinédoques e as hipérboles que conduzem a uma densidade concetual que obscurece o conteúdo.

Nenhum comentário: