Livrarias # 2 El Ateneo, Buenos Aires









El Ateneo já foi teatro, já foi uma estação de rádio, foi o local onde se exibiu o primeiro filme com som da história. e agora é uma das mais belas livrarias do mundo.

Livrarias # 1


A livraria Selexyz Dominicanen foi instalada na uma antiga igreja preservando a arquitectura original, tanto externamente como internamente.

O local é uma antiga igreja Dominicana de 800 anos de idade, e esta livraria diz que possui o maior acervo de livros em inglês em Maastricht, uma das mais velhas cidades do país. Um dos principais desafios aos arquitetos Merkx + Girod foi manter a fidelidade do charme presente ali naquele local e também obtendo amplo espaço comercial, visto que a igreja tem uma área em planta de apenas 750m2, e a área requerida era de 1200m2, sendo assim a proposta foi de usar do grande pé direito ali presente, criando em estruturas metálicas, os pavimentos de livros e grandes estantes que abrigariam a literatura ali a venda. O acesso a estes níveis se dá por meio de escadas e elevadores, levando os clientes aos ‘céus”.

«Varina», de Joana Vasconcelos




«Varina» é o título da instalação criada pela artista Joana Vasconcelos no âmbito do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.

«É uma homenagem às mulheres do povo e cria uma dinâmica de intercâmbio com a paisagem envolvente, redefinindo e estimulando as tradicionais relações entre a arte e o tecido social, em clara comunhão com o espectro paisagístico - arquitectónico e natural - envolvente», afirmou à Agência Lusa Joana Vasconcelos.

A colcha com 35 por 15 metros pretende afirmar a vocação metropolitana do Imaginarius, que decorreu em Maio. (IOL Diário)

Manoel de Oliveira, em Serralves




ANIKI-BOBÓ (1942) é a primeira longa metragem de ficção, de Manoel de Oliveira.

Uma arquitecta de culto vai projectar o pólo de Serralves em Matosinhos: Kazuyo Sejima

zollverein school of design, essen, germany (2003 - construction began 2005).by SANAA.



O júri do concurso internacional deu o primeiro lugar à firma japonesa que projectou o New Museum de Nova Iorque e a loja Christian Dior de Tóquio
É raro um edifício inspirar tanta confiança no futuro, escreveu o New York Times em Janeiro de 2006, quando se soube como ia ser, por dentro e por fora, o projecto de Kazuyo Sejima para o New Museum of Contemporary Art de Nova Iorque. Ainda não sabemos como vai ser, por dentro e por fora, o projecto de Kazuyo Sejima para o Edifício Multifuncional que a Fundação de Serralves vai construir num lote dos antigos terrenos da Efanor, em Matosinhos.
Mas foi nele que o júri do concurso internacional aberto em Maio de 2007 mais confiou: a proposta da Sanaa (Sejima and Nishizawa and Associates) ficou em primeiro lugar, à frente de concorrentes como os franceses Lacaton e Vassal, o britânico David Chipperfield, a dupla Matthias Sauerbruch/Louisa Hutton, o português Eduardo Souto Moura e o atelier suíço Degelo Architekten. A decisão foi comunicada anteontem ao conselho de administração.
O pólo que a Fundação de Serralves pretende abrir até 2010 vai acumular as funções de depósito de obras de arte - respondendo à necessidade que o Museu de Arte Contemporânea de Serralves tem actualmente de ampliar o espaço de guardaria -, oficina de conservação de referência e centro de exposições. Faz parte do programa, que prevê ainda um núcleo de indústrias criativas e um espaço destinado à preservação da memória da Efanor e da indústria têxtil.
Também faz parte do programa que o novo edifício "
constitua um marco da arquitectura contemporânea". Os projectos de Kazuyo Sejima têm essa facilidade: transformam-se rapidamente em objectos de culto. Aconteceu em Nova Iorque (com o New Museum of Contemporary Art da Bowery) e em Tóquio (com a loja Christian Dior da Omotesando), mas também já aconteceu aqui perto, com a ampliação do Instituto Valenciano de Arte Moderna (a nova pele do edifício estará pronta em 2011).
Agora vai acontecer a dois quilómetros do Porto, com um projecto que quer fazer muitas coisas pela zona envolvente (pretende-se que promova a requalificação urbana e arquitectónica daquele quarteirão da Senhora da Hora, contribuindo para a estruturação de uma antiga zona industrial que começa a transformar-se agora num bairro residencial e de serviços), pelo ambiente (o novo edifício deve preocupar-se com a redução do consumo de energia e o tratamento e escoamento sustentáveis dos resíduos sólidos) e pela criação de emprego qualificado através da aposta em serviços "de alto valor acrescentado" na área do inventário, da fotografia, do vídeo, da conservação e do restauro, da embalagem e da montagem de exposições.
Quaisquer que sejam as valências do edifício, pode acontecer o mesmo que com a Casa da Música de Rem Koolhaas: um efeito Guggenheim, ainda que a outra escala. "A Sanaa é a firma que todas as outras firmas [de arquitectura] que entrevistámos admiram. Em todos os ateliers onde estivemos havia livros da Sanaa nas prateleiras", disse Lisa Phillips, directora do New Museum, ao New York Times. (
Inês Nadais, 16.07.2008,, Publico)

Varina, de Joana Vasconcelos, na Ponte D. Luís




Joana Vasconcelos instala obra na Ponte D. Luís Varina” é o título da instalação da artista plástica Joana Vasconcelos, que pelas 16h00 de sábado, será oficialmente inaugurada na Ponte D. Luís, no Porto.

"Varina" é o título da instalação da artista plástica Joana Vasconcelos, que pelas 16h00 de sábado, dia 19 de Julho, será oficialmente inaugurada na Ponte D. Luís, no Porto. Num texto da autoria de Lúcio Moura, divulgado a propósito deste acontecimento, explica-se: "Dando continuidade ao projecto artístico Donzela, concebido no âmbito da edição de 2007 do Imaginarius - Festival Internacional de Rua de Santa Maria da Feira -, a artista Joana Vasconcelos, inspirada na ideia de "Procissão", propõe a realização da intervenção Varina na Ponte D. Luís, no Porto".
E acrescenta-se: "Varina, à semelhança de Donzela, compreendeu a produção de uma colcha monumental, com cerca de 35x15 metros, em croché, elaborada artesanalmente, com a colaboração activa da população feminina local, destinada a ser suspensa na Ponte D. Luís I".
Para a elaboração da peça, a artista contou com "a participação cúmplice de uma larga amostra do universo da população feminina local(...)". in SIC online.

Diamantes, de Gonçalo M. Tavares

"Em vez de uvas os cachos do reino deixavam cair sobre a terra diamantes.
-Diamantes, diamantes, diamantes! Há anos que é só isto - queixava-se o produtor."

in O Senhor Bretch, de Gonçalo M. Tavares

Visto das nuvens, de Catarina Nunes de Almeida

Visto das nuvens
o mundo parece um herbário.
Sem pernas sem cheiros
sem homens que digam
eu conheço este cheiro –
silêncio que esmaga o silêncio.
A terra demora muito tempo,
ocupa o olhar todo, o nariz todo.
Das nuvens uma flor não é uma flor.
Duas flores não são duas flores.
Das nuvens uma plantação de flores é apenas
um rectângulo amarelo
onde podem existir girassóis
guarda-sóis ventoinhas –
o que é que importa se por lá
também correm crianças?

Poesia Visual

de Philadelpho Menezes

um poema de Wislawa Szymborska no seu aniversário

ÁLBUM


Na minha família ninguém morreu de amor.
Se alguma coisa houve não passou de historieta.
Tísicas de Romeu? Difterias de Julieta?
Alguns envelheceram até ganhar bolor.
Ninguém a definhar por falta de resposta
a uma carta molhada e dolorosa.
Apareceu sempre por fim algum vizinho
com lunetas e uma rosa.
Ninguém a desfalecer no armário de asfixia
de algum marido voltando sem contar.
E os mantos e os folhos e as fitas de apertar
a nenhuma impediram de ficar na fotografia.
E nunca no espírito satânico de Bosch!
E nunca pelos quintais de arma em punho!
De bala na cabeça teve a morte outro cunho
e em macas de campanha alguém os trouxe.
De olheiras fundas como após grande folia,
até esta aqui de carrapito extático,
se fez ao largo em grande hemorragia
mas não por ti, ó bailarino, e com viático.
Talvez antes do daguerreótipo, alguém,
mas dos deste álbum, ninguém, que eu verifique.
Tristezas dissiparam-se, os dias sucederam-se,
e eles, reconfortados, sumiram-se de gripe.

in Paisagem com Grão de Areia de Wislawa Szymborska.
Tradução de Júlio Sousa Gomes
Relógio d'Água Editores, Junho de 1998.