(La vie continue d’être libre et facile - Collage expédié par Guy Debord à Constant en 1959)
DERIVA
Serás tua a figuração plena de uma deriva sem nome?
Estarei eu em falta, incompleto e preso às diferenças
da linguagem, isto é, à estreita virtude que nos liga sob a
tempestade?
É opaco o sentido: diz a contemplação do teu corpo
(contágio de árvores sensíveis sob um céu fantasma)
diz a erudição das metáforas apontada á cabeça.
Rememoro os círculos com que rodopiamos,
uma e outra vez,
na eterna deflagração dos ventos.Luís Quintais
Nenhum comentário:
Postar um comentário