Manhãs provisórias
No espelho do quarto leio o desalinho
de mais uma noite passada contigo.
A sós, comigo, procuro preencher o vazio
com o som ininteligível de um televisor.
Não me basta.
No chão, abro-o um livro
Entro na sua história
Pego noutro e noutro e devoro-os.
É assim que me esqueço de mim.
É assim que consigo esquecer quem sou.
Juliana Monteiro
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